Microalga de água doce é potencial matéria-prima para produção de biocombustível

Microalga de água doce é potencial matéria-prima para produção de biocombustível

Trabalho desenvolvido na UFG aposta que uso de microalga de água doce pode ser a chave para aumentar a competitividade do biodiesel brasileiro

 

Produzido a partir de fontes renováveis, o biodiesel tem sido considerado como uma alternativa viável para a diversificação da matriz energética mundial, em substituição aos combustíveis  fósseis, contribuindo para mitigar as mudanças climáticas e reduzir a poluição atmosférica. O Brasil, apesar do grande potencial para a produção desse tipo de fonte de energia, ainda enfrenta o desafio de aumentar a competitividade de seu biodiesel. A diversificação das fontes de matéria-prima para a produção desse biocombustível é uma das possíveis saídas para esse problema.

 

Atentos a essa realidade, pesquisadores do Laboratório de Métodos de Extração e Separação (Lames), do Instituto de Química (IQ) da Universidade Federal de Goiás (UFG), coordenaram pesquisa que testou 450 espécies de microalgas dulcícolas e marinhas para avaliar se elas seriam uma alternativa viável para a produção de biodiesel. O estudo confirmou o potencial das microalgas de água doce.

 

Os pesquisadores acreditam que o uso das microalgas para produção do biocombustível pode vir a ser uma realidade em grande escala em futuro próximo e aumentar a competitividade do biodiesel brasileiro. O projeto estabeleceu a tecnologia de cultivo e a produção de biodiesel a partir de microalgas com potencial cerca de 20 vezes maior que a soja - principal matéria prima utilizada na produção de biocombustível no Brasil.

 

Vantagens

                                                                                                              

As microalgas tem um ciclo de vida rápido, podem acumular até 50% de seu peso em óleo, necessitam menor consumo de água e área para cultivo e podem ser cultivadas em áreas consideradas impróprias para a agricultura. Além disso, o CO2utilizado em sua produção pode ser proveniente de processo poluidor e o uso das microalgas como matéria-prima para produzir biocombustível pode gerar coprodutos de alto valor agregado, como pigmentos que podem ser utilizados na produção de medicamentos e cosméticos, por exemplo.


Pesquisa UFG

Fonte: https://www.ascom.ufg.br/

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