Depoimento do Prof. Dr. João Teodoro Pádua
Criado em 2004, o Programa de Incubação de Empresas da Universidade Federal de Goiás, PROINE-UFG, tinha como objetivos, o atendimento a uma demanda importante, a da aproximação da UFG com o setor privado, promover a transferência de tecnologia e a inovação tecnológica nas empresas, e estimular o empreendedorismo na instituição, dentre outros. resultado da elevada produção científica e avanço dos cursos de Pós-Graduação da UFG.
A elevada produção científica nas instituições de ciência e tecnologia, em especial nas instituições públicas federais observada nas duas últimas décadas, resultou dentre outros fatores, da criação dos Fundos Setoriais, no início dos anos 2000, coincidindo com a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT)
Ao assumir a Coordenação do PROINE, a partir de janeiro de 2006, no primeiro mandado do Prof. Edward Madureira Brasil e do Prof. Benedito Ferreira Marques, encontramos um ambiente propício ao desenvolvimento da Incubadora, implantada no reitorado anterior, da Prof.a Milca Severino Pereira e do Prof. Paulo Alcanfor Ximenes. Neste ano o PROINE tinha duas empresas incubadas, sendo uma não residente, de base tecnológica e uma residente na área de Design.
Já em 2006, com apoio do SEBRAEGO, realizamos processo seletivo para novos empreendimentos, ingressamos na Rede Goiana de Inovação - RGI, no Conselho de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Federação das Indústrias do Estado de Goiás – FIEG, além da participação em editais FINEP.
Com o lançamento do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional 2007-2010, denominado PAC da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Governo Federal disponibilizou 41 bilhões para a área de Ciência, Tecnologia e Inovação. Na linha de seu desenvolvimento, em 2007 o PROINE implantou o Planejamento Estratégico de Incubadoras de Empresas em parceria com a RGI e com apoio da FINEP. Neste ano foram desenvolvidas ações e atividades que contribuíram sobremaneira para seu crescimento: inserção em programas de apoio na área social, com parceria entre a empresa incubada Roch Design e Agência Prisional, aprovação de projetos de empresas incubadas na Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás – FAPEG e elaboração do Manual do Processo de Incubação do PROINE, de autoria de sua gerente, a Adm. Emília Rosângela Pires da Silva.
Objetivando sintetizar este relato, segue resumo dos principais apoios financeiros recebidos no período 2008 - 2012: SEBRAE Nacional; MCT/FINEP/PRONINC 03/2009; SEBRAE-GO; Carta Convite MCT/FINEP PNI- Incubadoras 12/2010 em parceria com a FAPEG; MCT/SETEC/CNPq Apoio Incubadoras de Empresas e SEBRAE/ANPROTEC 01/2011 Aplicação Modelo CERNE, totalizando 3.980.434,70 no período. Neste período também, recebemos apoio financeiro do MCTI, específico para reforma e ampliação das instalações do PROINE, resultando na duplicação de sua infra-estrutura.
Mais importante do que apoio financeiro, são seus impactos nas empresas incubadas. A partir de 2009 estas empresas ampliaram significativamente sua captação com projetos, além de receberem outros incentivos. Conseguiram aprovar projetos em editais regionais e nacionais em agências como FINEP, MCTIC, SEBRAE, FAPEG, CNPq. Algumas empresas receberam prêmios de instituições nacionais e estrangeiras. A título de exemplo, em 2011 a empresa Requisito Tecnologia recebeu o Prêmio União Internacional de Telecomunicações – Genebra – Suíça, a empresa Interagi Tecnologia recebeu convite para participar do Fórum das Empresas Graduadas – Ultrapassando Barreiras – ANPROTEC – Seminário Nacional e duas empresas foram certificadas com apoio do PROINE no MPS.BR (Melhoria dos processos de Software Brasileiro) em 2013. Destaque ainda para entrada do PROINE no modelo CERNE 1 e cadastro no CATI/MCT, possibilitando às empresas incubadas na área de TI, a prestação de serviços para empresas beneficiadas pela Lei de Informática, sendo a primeira incubadora do Estado de Goiás e segunda do Centro-Oeste a receber esta distinção.
Em 2012, um ano antes do final do segundo mandato do Prof. Edward, o PROINE contava com 19 empresas, sendo 4 residentes, 4 não residentes, 10 graduadas e 1 associada, mérito de uma gestão compromissada com o desenvolvimento científico e tecnológico, com o empreendedorismo e desenvolvimento social do Estado de Goiás. Destaco ainda a contribuição da Adm. Emília Rosângela Pires da Silva, que com muita dedicação e competência, acompanhou e executou as principais ações desenvolvidas no PROINE, hoje Centro de Empreendedorismo e Incubação – CEI.